Vínculo,
Excelência,
Confiança
26 de novembro de 2021, por Felipe Bonatto

ESG e mercado imobiliário

Em inglês, ESG significa Environmental, Social and Governance. Essa sigla refere-se aos aspectos ambientais, sociais e de governança corporativa relacionados à alguma atividade. No nosso contexto de mercado imobiliário, o ESG é um ponto que está sendo bastante considerado por diversos agentes.

Como um dos setores que mais emite CO2 relacionado a energia (38%), o mercado imobiliário é frequente alvo de discussões e medidas que buscam reduzir os impactos ambientais. Portanto, embora a sigla ESG refira-se não só aos aspectos ambientais, no mercado imobiliário, é o que mais chama a atenção.

Especialmente para companhias de capital aberto, a adoção de medidas ESG é cada vez mais necessária em virtude de pressão de investidores e demais agentes do mercado, principalmente agentes institucionais.

Na construção, o reaproveitamento de água e escolha de materiais produzidos mais próximos do canteiro de obras são fatores importantes para que a obra tenha uma pegada de carbono reduzida. Entretanto, a maior parte das emissões de CO2 não vêm da construção do empreendimento em si, mas principalmente da operação do empreendimento. Por isso a eficiência energética é tão importante, e por isso os certificados LEED, EDGE e GBC focam tanto na operação do empreendimento, e não apenas na construção. Em longo prazo, é isso que fará a diferença.

Agora, é importante estar atento porque medidas ecologicamente corretas não são sinônimo de atendimento às novas exigências do ESG. A governança corporativa profissional é fundamental, assim como a preocupação com causas sociais é bastante relevante.

O primeiro financiamento para construção de um empreendimento com taxas de juros reduzida já foi concedido para um empreendimento que contém certificações de sustentabilidade e eficiência energética.  O banco que concedeu o crédito foi o Itaú-Unibanco. E nossa leitura é que isso se tornará cada vez mais frequente, e eventualmente impactará os compradores dos imóveis com condições mais tratativas para financiar as unidades no empreendimento também, o que eventualmente será um incentivo maior a incorporadoras focarem em desenvolvimento de empreendimentos com selos ESG.

E como já visto em diversas indústrias, a demanda de investidores e direcionamento de capital é o que leva às empresas a adotarem mais rapidamente os padrões ESG. Quem sabe no futuro invés de existirem incentivos para adoção de práticas ESG, quando estas estiverem mais difundidas, os incentivos sejam extintos e hajam penalidades para empreendimentos ineficientes, como maiores cobranças de IPTU ou maiores taxas de juros para financiamento, como já ocorre em Nova Iorque.

Últimos conteúdos

26 de janeiro de 2024

Atualização sobre a Lei de Anistia para regularização de obras em Barueri

Continue lendo
18 de janeiro de 2024

Queda na SELIC já impacta na redução de taxas de juros para operações de crédito com garantia de imóvel

Continue lendo
15 de dezembro de 2023

Urgente – Nova lei de anistia de obras em Barueri-SP

Continue lendo
Ver tudo

Agende
uma
reunião

Vamos juntos encontrar as soluções que você precisa.